quarta-feira, 20 de maio de 2015

Hipnos: Filhos e Filhas

Dentro do castelo de Hipnos os primeiros passos e mundos dos sonhos são extravasados com o intuito de crescimento e descoberta de aptidões, atitudes, habilidades e muitas outras. Em seus diversos quartos, andares e corredores servem como o conforto inicial de encarar um próprio mundo criado por nós, que passam do fantástico mundo para o mundo real... os famosos "sonhos de realidade" (Pelo menos é assim que Hipnos trata tudo fora desse mundo fantástico e de seu castelo"
Porém antes das crianças nesse primeiro contato atravessem o rio Lete para encarar um mundo de devastação e alegrias, todos passam pelas mãos sábias de seus impetuosos filhos e filhas.
E por que passar por seres que instigam os sonhos?
Simples, por que Hipnos cuida do sono, relaxamento, meditação e esclarecimento dentro dos sonhos, enquanto seus filhos dão as ferramentas para criarem e lidarem com novos mundos, pois algumas vezes sonhos se cruzam, e mesmo que não se cruzem, eles podem trazer esperanças ou mágoas.

O primeiro deles é um dos mais conhecidos, o deus-filho Morfeu. Dele sonhos bons surgem (no limite do possível)
Por que limite do possível?
Devido o destino, então nem sempre o que é bom para um é para outro, lembrando que inocência é apenas uma fase nos mantos de Hipnos.
Morfeu instiga as crianças com cheiros e texturas que possam fazer os pequenos criarem seus mundos, mesmo que seja uma parede cor de rosa (recém-nascidos não tem percepção inicial além de uma grande parede). Os sonhos são variados, basta pensar no sonho mais confortante que já teve como criança... esse fragmento tem um pouco de Morfeu nele. O Lete pode até ser o rio do esquecimento, mas os deuses dão seu jeito para coisas boas.

Outro filho, seira a pequena Fantasia, deusa-filha da fantasia além do possível. Nesse caso a inocência tem pouca importância. Seria a deusa que liberta as mentes de tudo que possa ser julgado, fazendo os sonhadores acreditarem que voar e soltar raios pelos olhos seja real e natural. Existem outros sonhos que Fantasia instiga, porém Hipnos intervem mesmo que seja o rumo natural dos humanos e de qualquer ser. Para isso existe  "seu próprio mundo além do castelo" sempre diz Hipnos para sonhadores que abusão do poder de Fantasia

Fântaso é o deus-filho irmão gêmeo de Fantasia, o deus dos objetos inanimados. Ele acaba sendo o último deus a dar ferramentas aos sonhadores, ajudando com a prática de jogar arco e flecha com galhos ou com o próprio braço. Também é o deus que faz sonhos bons e ruins ficarem presos na memoria, ou seja, ensina os sonhadores a guarda o que é importante ou o que possa ser um déjà vu (assunto para outro momento)

O último e muito importante é o deus que fica no porão do castelo, o deus-filho dos pesadelos Ícelo.
O único deus dos sonhos que consegui ter uma personificação para invadir o mundo real, e assim buscar recursos para atormentar os sonhadores. Geralmente ele instiga medos para o futuro ou corre atrás de sonhadores que já sairão do castelo. Ou seja, Ícelo é um deus exterior (pode ser tratado como um deus exilado, mais porque ele era descobrir os verdadeiros traumas e medos dos jovens sonhadores, onde no começa apenas trilha algo para fortalece-los)

Ícelo não é mal, Fantasia não busca depravação. Fântaso não é trauma ou memórias sem importância. E Morfeu não ilude os jovens sonhadores. Todos trabalham e ensinam no limite do possível, buscando guiar a personalidade de cada um dentro de um mundo dos sonhos.




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Ilha Misteriosa e os Dinossauros

Dentro de uma história que transcende nossa existência, sabemos que outros estranhos seres já habitaram a Terra. Durante muito tempo tentamos entender seus rostos, maneiras, sons e assim personificamos eles como os dinossauros de outrora. No mundo dos sonhos até animais tem seu espaço e durante muitos anos essas criaturas também tiveram um canto para repousarem suas mentes cansadas... E claro dominado por muitos seres míticos com aparência humana e sobre-humana.
Nunca se sabe suas origens e quem vai saber se até o Cobalto Vermelho já existia naquele tempo.

O ponto nesse caso é o que aconteceu com esses sonhos jurássicos? Foram movidos e moldados em uma especie de limbo ou purgatório, pois os dinossauros que habitam os nossos sonhos fazem parte da nossa percepção e imaginação. Mutantes de mentes sonhadoras. Então a pergunta persiste, onde estão os reais? Em uma ilha misteriosa no meio do oceano infinito dos sonhos.

Um paradoxo, pois o miolo do mundo dos sonhos é infinito. Desbravar os mares agitados e revindicado por outros sonhadores chega a ser considerado "impossível".

Cobalto Vermelho...

Você leram a introdução em cima. Isso é bom, por que cá estou eu na Ilha Misteriosa tomando uma água saborosa de coco com meu amigo Eoraptor. Esse mundo pode ser considerado o paraíso pós-morto dos dinossauros... um grande erro.

Antes de desbravar um mundo desse temos que entender que são sonhos perdidos durante a extinção em massa.

Existem muitos mundos mágicos e o dos sonhos não é diferente, está interligado com as linhas do destino. Quando a linha do destino ceifou a vida dessas pobres criaturas, o Mundo dos Sonhos, esse organismo vivo superior, moldou uma cela para aprisionar alguns vestígios dessas criaturas.

Mas pra que guardar esses sonhos se os homens em sua grande habilidade exploratória iria descobrir a forma física e divina de tais habitantes? Pelo simples fato de que o que veem da cabeça do homem é uma ilusão. O passaporte do homem no mundo dos sonhos é a sua própria vida e existência.

Esses dinossauros são o flash da vida, já o que o homem personifica é apenas... "sonho"

Agora que vocês já entenderam isso, vamos explorar a Ilha Misteriosa...
Infelizmente em outra hora.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Personagens Míticos

Carrasco do Dia: Há muito tempo quando a luz surgiu na escuridão do mundo dos sonhos, a Caravana teve medo de perder seu dominou e libertou um de seus cavalos flamejantes nesse terreno hostil. O pobre cavalo foi consumido pela luz e se transformou em pedra com chamas ardentes e vermelhas. O sol se tornou o medo mais destruidor no coração da Caravana. Com a ajuda de um poderoso mágico, o cavalo conseguiu voltar a vida, em forma de uma bela dragão de pedra com chamas vermelhas, sendo o portador do precipício do fim do mundo, ajudando a Caravana recolher os sonhos nesse dominou, fora do alcance do seu poder.

A Loja do Infinito: Entre todos os cenários mágico, existe uma pequena casa, com toque germânico, que imutavelmente viaja livre pelo mundo dos sonhos. Essa casa nada mais é que uma loja de penhores dos sonhos. O seu dono , um senhor carrancudo sempre levando um cajado e um avental cinza, surgi nas maiores necessidades dos sonhadores, oferecendo armas e qualquer objeto de interesse. Existe uma troca, uma troca indireta e imperceptível nos olhos desses sonhadores. Qualquer item, roupa ou algo que o sonhador não sente falta quando recolhe os objetos de sonhos se torna de posse desse senhor. A Loja do Infinito não busca vantagem, tudo que eles têm são seus, mas tudo que vocês têm, nesse mundo magico dos sonhos, pode se tornar dele também.

A Dama do Dia: A Dama do Dia é a luz e personificação do sol do leste. Esse mundo quando teve o confronto com o brilho do sol, poucos descobriram que nas duas extremidades desse mundo onírico, porém plano, surgiram dois sois. Um deles e personificado por Alba, o Sol do Leste e Dama do Dia, conhecido por todos. Diferente da Lua, que não se sabe da sua deusa, apenas sobre a deusa que a controla, o Dama do Dia ajuda os sonhadores que no fim do mundo estão, presenteando-os com companheiros mágicos para o resto dos eterno sonhos.

Cobalto Vermelho: Não há muitas informações sobre ele, apenas que é o interlocutor dos folclores do mundo dos sonhos

O Rei Usurpador, Festus: Para todo reino recém-criado, exitem interessados a assumir o trono como rei. A Dama do Dia havia criado um reino pacato com poucas influências dos sonhadores. Um camponês foi o eleito pela pureza como governante, não rei, pois naquele reino não existiria poder absoluto, apenas o correto. Festus foi o companheiro mágico desse camponês, mas enquanto sonhador sonha e ser mítico vive normalmente no mundo dos sonhos. Tudo no mundo dos sonhos tem influência dos opostos, Festus era o oposto do camponês e um belo dia jogou o coitado no precipício. Tirania foi concebida nas mãos de Festus. Para concluir essa descrição de Festus, o novo rei e governante foi derrotado por uma garotinha e seu Beagle, virando um fantasma roxeado e mais perigoso do que já era, pois a sua alma não havia sido recolhida pelo... Desconhecido.

O Guia

Precisamos ser cordiais mesmo que já nos conhecemos, então... Meu nome é Cobalto Vermelho, seu guia nesse mundo onírico dos sonhos. Sei que a história de um Bulldog monstrengo roxo com sua garotinha não é a mais atrativa, mas também pertence a esse mundo. Caso não consigam visualizar, estamos longe do fim do mundo, na pura escuridão e sua iluminada lua do verdadeiro e eterno "dia no mundo dos sonhos".
As ruas estamos tomadas hoje pela euforia da caravana, o coletor de medos. Ele não faz por mal, é o serviço dele, limpar o mundo dos sonhos pequenos e salpicar um pouco de medo nas suas mentes. Alias, o medo é um fortalecedor... Vocês um dia entenderam, principalmente em um mundo que o impossível pode ser realidade.
Estou falando um pouco do carroceiro e seus cavalos roxos em chamas, por que ele tem seu próprio precipício do esquecimento. Esquecem o fim do mundo e aquela garotinha caindo e perdendo a consciência nesse magnifico mundo (Pelo menos por agora). A caravana não captura os nossos sonhos, somos nós que entramos devido nosso desespero e medo. Dentro do precipício da Caravana existe outro ser que manipula esses sonhos destruídos e descartáveis. Muitos gostam de perder seus sonhos, como uma bêbado afoga as magoas na bebida, para esquecer da magia do surreal. Estranho, porém não foge da realidade das infinitas possibilidades desse mundo.
Também existe uma criatura que corre abaixo do precipício do fim do mundo, um dragão de pedra que coleta os sonhos destruídos antes de caírem no chão nunca registrado antes. Dizem que o fim seria o começo do outro lado do mundo dos sonhos, e isso faria gelatina da mente de quem fosse. Via saber se o Solitário é assim porque não descobriu o fim do mundo. Precipício ou não, uma coisa todos devem saber: independente do mundo dos sonhos ou mundo real, nada acaba, o fim da vida é apenas o começo de outra jornada.
Até me emocionei com essas palavras, mas... O dragão é gente fina e ajuda a Caravana a recolher essas longe do seu alcance natural, pois essa mutação do dia ensolarado é a limitação da Caravana. Então vamos a uma rápida explanação dessa criatura dragão.
Vejamos como devo começar...
O sonho sempre foi poderoso nos dias e apenas pela luz do Maqueteiro que o sol ganhava vida nesse mundo. Mas nem todos dormem apenas a noite, o dia faz parte do cotidiano das pessoas e sonhar acordado também. Quando o sol surgiu ele iluminou o fim do mundo dos sonhos, naquele momento todos sabiam que o mundo dos sonhos era finita e aquele era o seu fim, mas claro que como qualquer mundo onírico, as infinitas possibilidades estavam no miolo escuro e dominado por todo tipo de medo e romance. A Caravana em certa parte dessa nova situação, começou a perder uma clientela grande para esse novo precipício, incrivelmente o sol estava expandindo seu brilho dentro do mundo dos sonhos. E para o mundo dos sonhos isso é ruim, deixa-se claro.
Não sei como foi contido o brilho do sol, mas a Caravana abriu mão de um de seus cavalos para desfrutar (e morrer se falhasse) e desbravar essa parte ensolarada. As chamas do cavalo ficaram vermelhas e a pele virou pedra. A Caravana com medo de se transformar em algo pior, fugiu por ter descoberto seu próprio medo, a luz.
Ele encontrou um magico poderoso que eu me lembro, mas esqueci o nome dele. Prometo que conto nas próximas vezes. No final o cavalo foi transformado em um dragão de pedra em chamas vermelhas e virou o Carrasco do Dia, trazendo os sonhos jogados no seu novo brinquedinho (estou me referindo ao precipício), para seu mestre a Caravana. A criatura que eles alimentam no verdadeiro e único precipício é um conto para outra hora, mas saibam que cada maldade e bondade que essas criaturas fantásticas fazem tem relação com seu serviço e maldição. Não os julguem, ainda não os julguem.
Estou aberto a qualquer duvida que tiveram e novos contos que considerem ouvir. Até lá...
Espere um novo sonho e viva todos que puderem.

A Menina e o Bulldog (Epilogo)

O vilarejo era pacato, mas tinha suas histórias para pesar nos viajantes que ali queriam se hospedar. Nas primeiras ruas do vilarejo que levavam para o grande precipício do fim do mundo, dois moradores descansavam no banco a frente da taberna. Com o vento passando devagar sobre seus rostos o mais esguio puxou conversa.
- Não faz muito tempo quando tivemos aquela briga de cachorro grande.
- Verdade. Mas até hoje não consegui entender essa maldita história. Aquele fantasma do rei usurpador... Qual era o nome dele?
- Festus.
- Esse mesmo... enfrentou um bulldog e uma garotinha. Qual era o proposito de tudo isso?
- Ha. Não faz pergunta difícil. Me contaram que quando a garotinha voltou para esse vilarejo o bulldog estava debruçado no precipício inconsciente. Só sei que eles não foram páreos para o Usurpador.
Os dois homens permaneceram quietos por um tempo. Um pegou um pouco de fumo, enrolou e começou a fumar o cigarro improvisado. O outro homem deu um rápido gole na caneca de cerveja.
- Então a garota nunca mais vai sonhar com esse local, muito menos com o seu guardião. O que eu não entendo é por que o Solitário apareceu aqui? O sol chega a queimar meu dedão do pé. Foi por causa da Lua?
- Nunca vi por essas regiões.
Entre fumo e bebedeira contida em um inicio de dia, um homem elegante com trajes vermelhos, da bota ao terno de corte fino, do chapéu ao coleto preto com finas linhas cor de sangue, saiu da taberna e foi em direção dos dois moradores do fim do mundo.
- Vocês querem saber o que realmente aconteceu aqui? - disse o homem ajeitando o chapéu.
- Quem é você? - disse um dos moradores.
- E como sabe da nossa conversa? - retrucou o outro em prontidão.
- Eu sou um novo gás para esse mundo onírico. Me chamo de Cobalto Vermelho. Poucas pessoas sabem dessa história. Na verdade é uma história como outra qualquer, a menina perdeu seu sonho ao cair no precipício.
- Ela caiu então. O Usurpador não falha. Aquele maldito precisa ser contido.
- Ele foi o rei desse vilarejo e agora e a sua maldição. Alguém um dia até conseguirá detê-lo, mas aqui ainda continuará sendo o fim do mundo dos sonho. A menina é jovem e terá outros sonhos, só porque agora nunca mais lembrará do seu mascote e desse lugar de novo. Tudo será novo e amaldiçoado.
- Amaldiçoado?
- Não vamos fugir da nossa história. As maldições dos sonhos repetidos não é conto para plebeus como vocês. Vamos a um resumo dessa história: Ela sonha, encontra um mascote que irá guia-la, um pesadelo surgi e joga ela do precipício, mas antes o Solitário aparece e fala alguma baboseira que pela magica desse mundo fará essa garota encontrar uma redenção. Quem sabe o Bulldog volte a ser o mascote dela. Não iremos entrar na história do Solitário. Vocês só precisam saber de uma coisa: muitos sonhadores viram à esse fim de mundo e muitos iram cair nesse precipício. Esse mundo foi feita pela noite e eterno dia ensolarado é a maldição do nosso reino. Mas chega de histórias. Estão satisfeitos com o desfecho?
Os dois homens se olharem antes de um deles largar o fumo e dizer cabisbaixo.
- Não estamos para falar a verdade. Então não teve proposito, apenas mais um sonhador e o rei usurpador decidiu acabar com o sonho da garota. Mas é a dama do sol que ajudou ela? Não pode ter sido isso que enfureceu o rei?
- Não coloque mais palha nessa fogueira morta, Coincidência. O fato é que essa história é ruim.
O homem vermelho conhecido como Cobalto Vermelho se afastou dos dois e da taberna, partiu para dentro do mundo escuro e iluminado pela luz da lua. Existem histórias boas, histórias ruins, curtas e longas, simples e complicadas, mas o que elas tem em comum é que são histórias e histórias são feitas para serem contadas. Em uma rápida e repentina mudança de trajeto o Cobalto Vermelho deixa uma recado antes de partir.
"Nesse universo irradiado pelo infinito, o tempo e espaço entre o conto de uma histórias pode demorar dias, mesmo que tenha acontecido a muito tempo. Isso se deve a ligação continua entre todos os sonhos e sonhadores. Como disse anteriormente, meu nome é Cobalto Vermelho e de agora em diante serei seu guia para contar essas histórias. Irei desbravar esse mundo e contarei tudo que os meus e mente conseguirem decifrar. Histórias como essa poderão surgi, porque não? Mas será dos cenários e dos folclores que a magia acontece"
Naquele momento um novo sonho havia começado

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Uma Feliz Páscoa

- Isso é serio? a Ilha de Páscoa! Não tinha nada mais previsível.
Danian falou desacreditado por passar a Páscoa na Ilha de Páscoa.
- Danian. Você já sabe diferenciar um sonho do mundo real? - disse um grande e esbelto coelho azul para o irreverente Danian.
- Depois de acertar o Papai Noel com uma rolha e conhecer Jorge Ano-Novo? Acredito que sim... Então no mundo dos sonhos a casa do coelho da Páscoa é na Ilha da Páscoa.
O coelho da Páscoa olhou para Danian como se já tivesse ouvido aquilo diversos verões, outonos, primaveras e invernos, mas ele não gosta de falar muito no inverno.
- Eu nem ligo mais, porém eu sou uma lebre. L-E-B-R-E. Esse negocio de coelho foi uma jogada de marketing do mundo de vocês. Não é mesmo TumTum - o coelho da Páscoa deu duas palmas em uma das grandes caras de pedra da ilha.
- Está da hora de fazer alguns ovos de chocolate.
Danian queria saber tanto do Papai Noel quanto do Coelho da Páscoa, qual era a relevância de criar presentes para presentear os sonhos? Ele perguntou, mas estava claro que a resposta seria para manter a grande esfera de sonhos e criatividade sempre revigorada. Mesmo que as pessoas não entendam, os presente de Natal e Páscoa são simples psicológicos, para um mundo além da compreensão. O Mundo dos Sonhos.
- Agora, por que chocolate? Não podia ser uma ovinho de codorna ou balinha de goma?
- Primeiro que me criaram como uma Lebre, não uma ave, e depois... Balinha de goma? Fala séria? Tudo está relacionado com a mente. O chocolate ativa regiões especificas para a criatividade e relaxamento do corpo. Por isso lebres são rápidas, porém tranquilas.
- Por causa do chocolate?
- No mundo dos sonhos? Sim. Olhe para mim Danian. Você é a ponte das nossas fábulas. Eles podem não acreditarem nas verdadeiras histórias, mas façam eles entenderem que todos esses personagens que crianças e adultos acreditam e deixam de acreditar são reais, reais no mundo certo para mante-los vivos e esperançosos pela perfeita harmonia entre emoções na busca da felicidade inalcançável.
- Isso foi profundo - disse Danian.
- Cale a boca e acorde.
Naquele momento o sonho havia acabado



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Feliz Natal

Todos estavam reunidos na mesa, Mamãe Noel, Papai Noel, o duende chefe Ring Dong, as renas Rodolfo e Corredora e o sonhador Danian. O rapaz era tímido, mas foi dele que saiu o primeiro brinde. Todos se levantaram para ouvir Danian com um garrafa fechada de champanhe na mão e uma taça vazia.
- Gostaria de agradecer por vocês terem me aceitado - o Papai Noel ficou sem jeito - É difícil para mim com vinte e oito anos acreditar em você bom velhinho, sem ofensa. Estar aqui é um sonho de criança se realizando. Mesmo que nós adultos não acreditamos em contos, é a fé que mantem nosso mundo salvo e estimula nossa imaginação. Vocês nunca foram contos, mas cantos de esperança de um mundo melhor. Agora um brinde - Danian com dificuldades abriu a champanhe fazendo a rolha estourar na cabeça do bom velhinho que desmaiou. Todos ficaram horrorizados.
- Onde estou? - disse Papai Noel deitado em sua cama zonzo.
- Em sua casa amor - disse Mamãe Noel.
- Certeza? Eu não lembro de vocês? Não lembro dessa cama, mas me lembro desse rapaz. Danian, venha aqui.
O rapaz chegou mais perto, o suficiente para Noel dar um tapa em Danian.
- Você acertou minha cabeça, rapaz. Agora só me lembro dessa cena... Hoje é Natal, não é? E eu sou o responsável por ele? Acho que minha memória está voltando. Me ajude a levantar amor. Preciso voar, está quase na hora.
Todos foram para fora da casa no gelo infinito do Pólo Norte. Danian sempre mantinha um passo atrás com medo de fazer mais alguma besteira.
O trenó estava pronto e Noel mesmo que zonzo também.
- Vamos voar.
Sem medo, Noel correu desajeitado para o trenó... minto, para as renas... para falar a verdade o bom velhinho havia aberto os braços rumo ao penhasco. Quando notaram, vários duendes correram na direção dele junto com Danian. Se tivessem chegado milésimos de segundos depois, o bom velhinho teria quebrado seus ossos no chão gelado. Segurado pelo cinto de couro o bom velhinho voltou a deitar na cama.
- Eu me esqueci como voar. Isso é impossível. Vamos voltar para o trenó, prometo que farei direito seja lá como for.
- Descanse amor. Temos que achar um substituto.
- E quem seria - disse Ring Dong - Você não está pensando nele? Tudo menos ele.
- De quem ele está falando? - perguntou Danian para Mamãe Noel.
Mamãe Noel sentou na cadeira de balanço e falou.
- O feriado mais próximo, o ano novo.
- Quem me chamou? - naquele momento surgiu um homem alto de terno branco, limpo como a neve.
- Infelizmente você precisa me substituir, Jorge - disse Noel.
- Por que infelizmente? Sempre desejei andar naquele trenó. Vamos, Danian. Preciso leva-lo para casa antes que você me acerte com algo, acerte o próximo e o próximo sendo suficiente para o Coelhinho da Páscoa substituir o Noel.
Danian logo focou que tudo era um sonho, tinha que ser um sonho, mas aquilo não entrava em sua cabeça.
Voando pelo mundo, Jorge Ano-Novo chegou na casa de Danian.
- E aqui você se despedi. Melhor você acordar. Daqui alguns instantes já será de manhã e quem sabe o Ano-Novo não tenha te trazido um presente. Felizmente para você a lista de malvado já havia encerrado.
- Por que eu iria acordar? Isso não é um sonho.
Naquele momento o sonho havia acabado.

A Menina e o Bulldog (Sonho 2)

O que você faz quando ao entrar no mundo dos sonhos encontra um bulldog rosnando e latindo sem parar? É óbvio que você ficará assustado.
- O que você está fazendo? - disse a garota
- Estou mostrando que posso ser um ótimo protetor - o cachorro bufou - Só não quero que você me abandone.
- Isso nunca aconteceria - a garota pegou o bulldog no colo e o afagou.
- Adivinha? Descobri onde estamos. Em um sonho.
- Agora tudo faz sentido. Seria muito estranho humanos falar - a garota deu uma risadinha - Já que estamos predestinado a andar juntos nesses sonhos, qual seria seu nome?
- Cindel. E o seu?
- Apenas Bulldog, não existem muitos iguais a mim aqui e todos pegaram os nomes legais. Demolidor, Usurpador, Mestre e outros.
No final do diálogo, Cindel olhou ao redor e com dificuldade descreveu para si onde estava. Um mundo de grama muito verde sobre filetes de água próximos, muito próximos de uma enorme cascata, com o sol brilhando sem medo no alto, longe do alcance das pequenas mãos da garota. Poucos passos de onde estavam, o homem parrudo de avental e cetro relaxava sentado na beirada da cascata sem fim. O som era alto, mas tranquilizador.
- Vamos falar com ele - disse Cindel.
Bulldog foi relutante e sem êxito, então tomou a dianteira para provar ser o melhor protetor de todos.
- Oi
- Olha quem apareceu no fim do mundo. Descobriu onde está?
- Sim. Em um sonho.
- Não um sonho, o mundo dos sonhos. Desculpe pela grosseria, não estava no meu melhor dia e todo mundo sempre pergunta para mim a mesma coisa e nunca compram nada da minha loja.
Cindel pensou no assunto e quando novamente se lembrou que estava em um sonho, decidiu comprar algo da loja do homem, afinal tudo não se passava de um sonho.
- Eu... Eu quero ver o que tem de bom nessa loja.
- Ótimo - o homem se animou e logo sua grande casa germânica surgiu atrás deles - Meu nome é Barros, Tony Barros, o mago das espadas.
- Um ferreiro você quis dizer- falou o Bulldog com ar áspero. O homem só retrucou com um sorriso malandro antes de todos entrarem na casa de espadas.
- Vejam minhas armas, roupas e quem sabe não lhes mostro minhas poções e brinquedinhos mágicos. Vejam essa arremessador de ovos... desculpe, não sei como isso veio para aqui. Fiquem a vontade.
Mesmo com toda a balburdia do homem, Cindel não tinha olhos para outra coisa a não ser para um conjunto de roupa branca e de detalhes em vermelho e o sobretudo de couro branco.
- Eu vou querer essa roupa.
- Boa escolha, pequena. E como irá pagar.
- Você está brincando comigo. Você é grande, mas não é dois não - falou eufórico sobre o balcão Bulldog
Cindel fechou os olhos e com toda a força possível aquele belo conjunto já estava em seu corpo.
- Seu saco de pulgas. Quando a pessoa é merecedora, tudo que está nessa loja pode ser dela - nesse momento o homem emagreceu razoavelmente, porém ainda era gordo - E é isso que eu ganho, minha antiga forma. Longa história que não irei contatar para você, saco de pulgas. De repente Cindel e Bulldog estavam novamente com os pés afundados na grama úmida próximo da cascata.
- Esse Tony irá me pagar da próxima vez que eu ver ele - Bulldog fazia movimento estranhos de luta para demonstrar sua força. Cindel apenas sorria.
- Olha o que eu vejo, intrusos - disse um soldado de armadura roxa de mais ou menos quatro metros de altura, pigando um líquido também roxo por entre as frestas - Garotinha, você devia ter escutado sua amiga e ter ido embora daqui.
- Quem é você - Cindel começou a soluçar e perder o controle do seu sonho.
- Eu sou o rei usurpador desse vilarejo e desse pedaço do fim do mundo. Vocês humanos intrusos sempre acham que podem entrar nesse mundo e fazer o que quiser. Eu os impeço porque esse é o meu mundo, não o de vocês.
- Não te disse que os nomes legais todos já haviam pegados.
- Aposto que esse cara achatada deve ser seu protetor. Aquela maldita sempre manda esses patéticos animais achando que podem ser páreos contra mim. Dessa vez ela errou. Eu estou pronto, e você?
Cindel se sentiu cansada e com medo, tudo começou a ficar escuro e o sol em um intenso vermelho.
- Sonhe mais um pouco garota - dizia Bulldog - Sozinho não posso fazer isso.
De olhos fechado a pequena imaginava gigantes para destruir o guerreiro. Foi quando um enorme estrondo balançou a terra.
Bulldog tinha se transformado em um enorme cachorro com espinhos e presas grandes para fora da boca, com mesmo teor roxo do guerreiro. Cindel sorriu e Bulldog retribuiu com um sorriso torto.
- Eu irei segurar ele. Volte logo, pequena.
- Como assim, o que você quer dizer...
Naquele momento o sonho havia acabado.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A Menina e o Bulldog (Sonho 1)

O vento batia suave na plantação de trigo. A terra batida se misturava com o asfalto rachado. Mesmo com o sol brilhando com toda força no céu azul, a pequena chorava sem entender o que estava acontecendo ao seu redor.
- Você está bem - disse um bulldog malhado para menina entristecida.
Logo o choro ficou de lado para o espanto. A menina se arrastou eufórica quase desaparecendo na plantação.
- Não estou ofendido. Isso sempre acontece - disse o bulldog.
- Onde estou? - a menina limpava o choro morno do rosto.
- Não faço a menor ideia. Quem sabe se andarmos por ai não encontramos alguma informação - falou o bulldog se coçando.
- Por que eu andaria com um cachorro falante?
- E por que eu andaria com um humano que fala? Isso também é esquisito para mim. Eu te protejo e você... me alimenta se for o caso. Mas podemos descobrir juntos onde estamos. O sol não vai cair sobre nossas cabeças... Assim espero!
Naquele momento a menina perdeu o medo e acompanhou o bulldog pela trilha de barro e asfalto por entre a plantação. O único som era de uma intensa queda d'água que não tomava forma em lugar nenhum. A plantação foi diminuindo e uma casa estilo germânica se ergueu em um piscar de olhos. A menina ficou com a vista embaçada e quando percebeu já estava dentro da casa acompanhada do barulhinho do sino de entrada.
- O que desejam? - gritou um homem parrudo com um cetro na mão e avental sujo de algo roxeado.
- Queremos saber onde estamos?
- Estão na minha loja, onde mais?
- Onde mais? Você poderia nós dizer - o bulldog avançou alguns passos já em cima do balcão pelo menos na altura na pança do parrudo homem.
- No fim do mundo se continuarem na minha loja. Saim daqui.
Em um instante a casa não existia mais e os dois andarilhos continuaram a andar pela plantação.
- Acredito que seja muito cedo para descobrirmos onde estamos. Vamos dar uma volta na cidade. Estou com muita fome.
- Mas aqui não tem nada além de trigo e barro - disse a menina quando o sol diminuiu o brilho e um declive surgiu passos adiante. Embaixo, um vilarejo comum se apresentou para a garota atônita.
O Bulldog não perdeu tempo e entrou em uma lanchonete de madeira com uma placa gigante dizendo "Muita comida de cachorro de graça". O cão não parava de balançar a calda degustando frango e outras comidas que de longe eram de cachorro. Até a menina comeu um pedaço de torta de biscoitos.
Frangos devorados depois uma moça de vestido azul e loira afagou o cachorro feliz e sentou ao lado da criança. O sorriso da moça fazia o sol do lado de fora voltar a brilhar fortemente, mas quando ficava de lábios fechados e expressão de dúvida, séria e preocupada, o sol ficava encoberto por nuvens.
- O que uma menina linda faz em um lugar tão perigoso como aqui?
- Perigoso? Comida grátis não chega a ser perigoso - a menina ficou confusa. Cidade pacata sem muitos enfeites, não parecia ter nada de perigoso. De repente o barulho da queda d'água ficou mais intensa.
- Essa fronteira é muito perigosa, energizante, mas perigosa. Um bulldog comilão não conseguirá te manter segura nas próximas vindas.
- Vindas...
Tudo apagou e o sonho acabou.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Último Prefácio

Não existe mente capaz de ir o mundo dos sonhos sem nunca ter experimentado um bom e sufocante pesadelo. Contrair o corpo, suar frio e acordar com espanto e, por que não, com lágrimas. O estresse cotidiano enfraquece a mente, fazendo o raciocínio buscar sua sanidade nas emoções e outros portões disponíveis para tornar aquele fatídico dia um pouco melhor e com proposito.
Para repor as energias é preciso invadir o mundo dos sonhos. Não existi remédio melhor que uma boa noite de sono, mas não existi melhor que um péssimo e pegajoso pesadelo para ouriçar os sentidos e ficar alerta nos dias seguintes.
Esse é o verdadeiro pesadelo, o estresse que invadi a mente e impedi a criatividade já absorvida para sonhar com proposito. Dessa pavorosa mistura os medos tomam contam e criam seu próprio cenário. Nunca nenhum medo conseguiu absorver forças suficiente para se personificar e fugir do mundo dos sonhos, que é nada mais que um dos portões que ligam o medo para sua liberdade (mais uma liberdade para relaxar que uma vinda ao mundo real, mas ainda não é momento de entrar no mundo do medo). Quando acordamos com a sensação da veracidade de um sonho, pode ser considerado o limite do cansaço da mente que levou o medo a uma interação quase que perfeita com o mundo, o seu mundo.
Outro meio peculiar de termos um pesadelo não se deve ao cansaço da mente e sim o azar de termos sonhos cruzados, quando perdemos parte do nosso poder de criação e temos a sensação de ficar preso no mesmo lugar e não conseguir criar qualquer coisa em nossa frente denominado por outra pessoa.Quando somos/ temos o sonho dominante no de outro nomeamos esse efeito de "Delírio de Fântaso"
Não podemos esquecer do azar de cruzar, dessa vez, as fronteiras laterias onde os fracos estão sendo recolhidos pela Caravana dos Sonhos. Como estamos fortes nesse momento, levando na bagagem um ótimo sonho, a Caravana não tem forças suficiente para nos capturar, então nesse momento de sonho ele(s) usufruem dos sonhos fracos ao redor para criar, mesmo que imperfeitos, nossos medos.
Como a Caravana pode conhecer nossos medos?
Simples. Para você ter cruzado essa fronteira é porque você já não é mais uma criança no mundo dos sonhos e com certeza já experimento de alguns pesadelos. Lembre que pesadelos muitas vezes são a primeira coisa que as crianças sonham quando largam sem entender a mão e a tutela de Hipnos.
Boa Noite.