segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Feliz Natal

Todos estavam reunidos na mesa, Mamãe Noel, Papai Noel, o duende chefe Ring Dong, as renas Rodolfo e Corredora e o sonhador Danian. O rapaz era tímido, mas foi dele que saiu o primeiro brinde. Todos se levantaram para ouvir Danian com um garrafa fechada de champanhe na mão e uma taça vazia.
- Gostaria de agradecer por vocês terem me aceitado - o Papai Noel ficou sem jeito - É difícil para mim com vinte e oito anos acreditar em você bom velhinho, sem ofensa. Estar aqui é um sonho de criança se realizando. Mesmo que nós adultos não acreditamos em contos, é a fé que mantem nosso mundo salvo e estimula nossa imaginação. Vocês nunca foram contos, mas cantos de esperança de um mundo melhor. Agora um brinde - Danian com dificuldades abriu a champanhe fazendo a rolha estourar na cabeça do bom velhinho que desmaiou. Todos ficaram horrorizados.
- Onde estou? - disse Papai Noel deitado em sua cama zonzo.
- Em sua casa amor - disse Mamãe Noel.
- Certeza? Eu não lembro de vocês? Não lembro dessa cama, mas me lembro desse rapaz. Danian, venha aqui.
O rapaz chegou mais perto, o suficiente para Noel dar um tapa em Danian.
- Você acertou minha cabeça, rapaz. Agora só me lembro dessa cena... Hoje é Natal, não é? E eu sou o responsável por ele? Acho que minha memória está voltando. Me ajude a levantar amor. Preciso voar, está quase na hora.
Todos foram para fora da casa no gelo infinito do Pólo Norte. Danian sempre mantinha um passo atrás com medo de fazer mais alguma besteira.
O trenó estava pronto e Noel mesmo que zonzo também.
- Vamos voar.
Sem medo, Noel correu desajeitado para o trenó... minto, para as renas... para falar a verdade o bom velhinho havia aberto os braços rumo ao penhasco. Quando notaram, vários duendes correram na direção dele junto com Danian. Se tivessem chegado milésimos de segundos depois, o bom velhinho teria quebrado seus ossos no chão gelado. Segurado pelo cinto de couro o bom velhinho voltou a deitar na cama.
- Eu me esqueci como voar. Isso é impossível. Vamos voltar para o trenó, prometo que farei direito seja lá como for.
- Descanse amor. Temos que achar um substituto.
- E quem seria - disse Ring Dong - Você não está pensando nele? Tudo menos ele.
- De quem ele está falando? - perguntou Danian para Mamãe Noel.
Mamãe Noel sentou na cadeira de balanço e falou.
- O feriado mais próximo, o ano novo.
- Quem me chamou? - naquele momento surgiu um homem alto de terno branco, limpo como a neve.
- Infelizmente você precisa me substituir, Jorge - disse Noel.
- Por que infelizmente? Sempre desejei andar naquele trenó. Vamos, Danian. Preciso leva-lo para casa antes que você me acerte com algo, acerte o próximo e o próximo sendo suficiente para o Coelhinho da Páscoa substituir o Noel.
Danian logo focou que tudo era um sonho, tinha que ser um sonho, mas aquilo não entrava em sua cabeça.
Voando pelo mundo, Jorge Ano-Novo chegou na casa de Danian.
- E aqui você se despedi. Melhor você acordar. Daqui alguns instantes já será de manhã e quem sabe o Ano-Novo não tenha te trazido um presente. Felizmente para você a lista de malvado já havia encerrado.
- Por que eu iria acordar? Isso não é um sonho.
Naquele momento o sonho havia acabado.

A Menina e o Bulldog (Sonho 2)

O que você faz quando ao entrar no mundo dos sonhos encontra um bulldog rosnando e latindo sem parar? É óbvio que você ficará assustado.
- O que você está fazendo? - disse a garota
- Estou mostrando que posso ser um ótimo protetor - o cachorro bufou - Só não quero que você me abandone.
- Isso nunca aconteceria - a garota pegou o bulldog no colo e o afagou.
- Adivinha? Descobri onde estamos. Em um sonho.
- Agora tudo faz sentido. Seria muito estranho humanos falar - a garota deu uma risadinha - Já que estamos predestinado a andar juntos nesses sonhos, qual seria seu nome?
- Cindel. E o seu?
- Apenas Bulldog, não existem muitos iguais a mim aqui e todos pegaram os nomes legais. Demolidor, Usurpador, Mestre e outros.
No final do diálogo, Cindel olhou ao redor e com dificuldade descreveu para si onde estava. Um mundo de grama muito verde sobre filetes de água próximos, muito próximos de uma enorme cascata, com o sol brilhando sem medo no alto, longe do alcance das pequenas mãos da garota. Poucos passos de onde estavam, o homem parrudo de avental e cetro relaxava sentado na beirada da cascata sem fim. O som era alto, mas tranquilizador.
- Vamos falar com ele - disse Cindel.
Bulldog foi relutante e sem êxito, então tomou a dianteira para provar ser o melhor protetor de todos.
- Oi
- Olha quem apareceu no fim do mundo. Descobriu onde está?
- Sim. Em um sonho.
- Não um sonho, o mundo dos sonhos. Desculpe pela grosseria, não estava no meu melhor dia e todo mundo sempre pergunta para mim a mesma coisa e nunca compram nada da minha loja.
Cindel pensou no assunto e quando novamente se lembrou que estava em um sonho, decidiu comprar algo da loja do homem, afinal tudo não se passava de um sonho.
- Eu... Eu quero ver o que tem de bom nessa loja.
- Ótimo - o homem se animou e logo sua grande casa germânica surgiu atrás deles - Meu nome é Barros, Tony Barros, o mago das espadas.
- Um ferreiro você quis dizer- falou o Bulldog com ar áspero. O homem só retrucou com um sorriso malandro antes de todos entrarem na casa de espadas.
- Vejam minhas armas, roupas e quem sabe não lhes mostro minhas poções e brinquedinhos mágicos. Vejam essa arremessador de ovos... desculpe, não sei como isso veio para aqui. Fiquem a vontade.
Mesmo com toda a balburdia do homem, Cindel não tinha olhos para outra coisa a não ser para um conjunto de roupa branca e de detalhes em vermelho e o sobretudo de couro branco.
- Eu vou querer essa roupa.
- Boa escolha, pequena. E como irá pagar.
- Você está brincando comigo. Você é grande, mas não é dois não - falou eufórico sobre o balcão Bulldog
Cindel fechou os olhos e com toda a força possível aquele belo conjunto já estava em seu corpo.
- Seu saco de pulgas. Quando a pessoa é merecedora, tudo que está nessa loja pode ser dela - nesse momento o homem emagreceu razoavelmente, porém ainda era gordo - E é isso que eu ganho, minha antiga forma. Longa história que não irei contatar para você, saco de pulgas. De repente Cindel e Bulldog estavam novamente com os pés afundados na grama úmida próximo da cascata.
- Esse Tony irá me pagar da próxima vez que eu ver ele - Bulldog fazia movimento estranhos de luta para demonstrar sua força. Cindel apenas sorria.
- Olha o que eu vejo, intrusos - disse um soldado de armadura roxa de mais ou menos quatro metros de altura, pigando um líquido também roxo por entre as frestas - Garotinha, você devia ter escutado sua amiga e ter ido embora daqui.
- Quem é você - Cindel começou a soluçar e perder o controle do seu sonho.
- Eu sou o rei usurpador desse vilarejo e desse pedaço do fim do mundo. Vocês humanos intrusos sempre acham que podem entrar nesse mundo e fazer o que quiser. Eu os impeço porque esse é o meu mundo, não o de vocês.
- Não te disse que os nomes legais todos já haviam pegados.
- Aposto que esse cara achatada deve ser seu protetor. Aquela maldita sempre manda esses patéticos animais achando que podem ser páreos contra mim. Dessa vez ela errou. Eu estou pronto, e você?
Cindel se sentiu cansada e com medo, tudo começou a ficar escuro e o sol em um intenso vermelho.
- Sonhe mais um pouco garota - dizia Bulldog - Sozinho não posso fazer isso.
De olhos fechado a pequena imaginava gigantes para destruir o guerreiro. Foi quando um enorme estrondo balançou a terra.
Bulldog tinha se transformado em um enorme cachorro com espinhos e presas grandes para fora da boca, com mesmo teor roxo do guerreiro. Cindel sorriu e Bulldog retribuiu com um sorriso torto.
- Eu irei segurar ele. Volte logo, pequena.
- Como assim, o que você quer dizer...
Naquele momento o sonho havia acabado.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A Menina e o Bulldog (Sonho 1)

O vento batia suave na plantação de trigo. A terra batida se misturava com o asfalto rachado. Mesmo com o sol brilhando com toda força no céu azul, a pequena chorava sem entender o que estava acontecendo ao seu redor.
- Você está bem - disse um bulldog malhado para menina entristecida.
Logo o choro ficou de lado para o espanto. A menina se arrastou eufórica quase desaparecendo na plantação.
- Não estou ofendido. Isso sempre acontece - disse o bulldog.
- Onde estou? - a menina limpava o choro morno do rosto.
- Não faço a menor ideia. Quem sabe se andarmos por ai não encontramos alguma informação - falou o bulldog se coçando.
- Por que eu andaria com um cachorro falante?
- E por que eu andaria com um humano que fala? Isso também é esquisito para mim. Eu te protejo e você... me alimenta se for o caso. Mas podemos descobrir juntos onde estamos. O sol não vai cair sobre nossas cabeças... Assim espero!
Naquele momento a menina perdeu o medo e acompanhou o bulldog pela trilha de barro e asfalto por entre a plantação. O único som era de uma intensa queda d'água que não tomava forma em lugar nenhum. A plantação foi diminuindo e uma casa estilo germânica se ergueu em um piscar de olhos. A menina ficou com a vista embaçada e quando percebeu já estava dentro da casa acompanhada do barulhinho do sino de entrada.
- O que desejam? - gritou um homem parrudo com um cetro na mão e avental sujo de algo roxeado.
- Queremos saber onde estamos?
- Estão na minha loja, onde mais?
- Onde mais? Você poderia nós dizer - o bulldog avançou alguns passos já em cima do balcão pelo menos na altura na pança do parrudo homem.
- No fim do mundo se continuarem na minha loja. Saim daqui.
Em um instante a casa não existia mais e os dois andarilhos continuaram a andar pela plantação.
- Acredito que seja muito cedo para descobrirmos onde estamos. Vamos dar uma volta na cidade. Estou com muita fome.
- Mas aqui não tem nada além de trigo e barro - disse a menina quando o sol diminuiu o brilho e um declive surgiu passos adiante. Embaixo, um vilarejo comum se apresentou para a garota atônita.
O Bulldog não perdeu tempo e entrou em uma lanchonete de madeira com uma placa gigante dizendo "Muita comida de cachorro de graça". O cão não parava de balançar a calda degustando frango e outras comidas que de longe eram de cachorro. Até a menina comeu um pedaço de torta de biscoitos.
Frangos devorados depois uma moça de vestido azul e loira afagou o cachorro feliz e sentou ao lado da criança. O sorriso da moça fazia o sol do lado de fora voltar a brilhar fortemente, mas quando ficava de lábios fechados e expressão de dúvida, séria e preocupada, o sol ficava encoberto por nuvens.
- O que uma menina linda faz em um lugar tão perigoso como aqui?
- Perigoso? Comida grátis não chega a ser perigoso - a menina ficou confusa. Cidade pacata sem muitos enfeites, não parecia ter nada de perigoso. De repente o barulho da queda d'água ficou mais intensa.
- Essa fronteira é muito perigosa, energizante, mas perigosa. Um bulldog comilão não conseguirá te manter segura nas próximas vindas.
- Vindas...
Tudo apagou e o sonho acabou.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Último Prefácio

Não existe mente capaz de ir o mundo dos sonhos sem nunca ter experimentado um bom e sufocante pesadelo. Contrair o corpo, suar frio e acordar com espanto e, por que não, com lágrimas. O estresse cotidiano enfraquece a mente, fazendo o raciocínio buscar sua sanidade nas emoções e outros portões disponíveis para tornar aquele fatídico dia um pouco melhor e com proposito.
Para repor as energias é preciso invadir o mundo dos sonhos. Não existi remédio melhor que uma boa noite de sono, mas não existi melhor que um péssimo e pegajoso pesadelo para ouriçar os sentidos e ficar alerta nos dias seguintes.
Esse é o verdadeiro pesadelo, o estresse que invadi a mente e impedi a criatividade já absorvida para sonhar com proposito. Dessa pavorosa mistura os medos tomam contam e criam seu próprio cenário. Nunca nenhum medo conseguiu absorver forças suficiente para se personificar e fugir do mundo dos sonhos, que é nada mais que um dos portões que ligam o medo para sua liberdade (mais uma liberdade para relaxar que uma vinda ao mundo real, mas ainda não é momento de entrar no mundo do medo). Quando acordamos com a sensação da veracidade de um sonho, pode ser considerado o limite do cansaço da mente que levou o medo a uma interação quase que perfeita com o mundo, o seu mundo.
Outro meio peculiar de termos um pesadelo não se deve ao cansaço da mente e sim o azar de termos sonhos cruzados, quando perdemos parte do nosso poder de criação e temos a sensação de ficar preso no mesmo lugar e não conseguir criar qualquer coisa em nossa frente denominado por outra pessoa.Quando somos/ temos o sonho dominante no de outro nomeamos esse efeito de "Delírio de Fântaso"
Não podemos esquecer do azar de cruzar, dessa vez, as fronteiras laterias onde os fracos estão sendo recolhidos pela Caravana dos Sonhos. Como estamos fortes nesse momento, levando na bagagem um ótimo sonho, a Caravana não tem forças suficiente para nos capturar, então nesse momento de sonho ele(s) usufruem dos sonhos fracos ao redor para criar, mesmo que imperfeitos, nossos medos.
Como a Caravana pode conhecer nossos medos?
Simples. Para você ter cruzado essa fronteira é porque você já não é mais uma criança no mundo dos sonhos e com certeza já experimento de alguns pesadelos. Lembre que pesadelos muitas vezes são a primeira coisa que as crianças sonham quando largam sem entender a mão e a tutela de Hipnos.
Boa Noite.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Hipnos: Primeiros Passos

Diferente das nuvens enfestadas de contos, Hipnos de longe pode ser considerado o deus maestro do sono e dos sonhos. Sua função chega ser igualmente importante ou até mais... a transição da infância para um mundo que pode ser cruel para os descrentes.
Hipnos mora em um castelo baixo com milhares de quartos limpos levando apenas uma cama e cortinas espalhadas pelo lugar e ao redor do leito. Ao entrar pelos enormes portões do castelo já podemos avistar um corredor de pequenas camas com vários sonhadores dormindo em pleno sonho (Algo a ser explorado em outra ocasião), onde ao centro uma redonda cama de lençóis alaranjadas acolhem o deus.
Vestimenta simples de manto azul e preto escondendo a corcunda, de rosto simpático, pele albina e com os olhos sempre fechados mesmo quando acordado. Ficar acordado é algo raro para alguém que tem seu poder regenerado através dos sonhos, principalmente das crianças.
Na frente do castelo passa o rio Lete, o rio que leva ao esquecimento da mente. 
É ai que Hipnos entra em ação.
Os pequenos das mais diversas idades, como qualquer um projetam seus mundos. Porém estamos falando de um único mundo, onde as vezes sonhos podem se cruzar levando a vários efeitos. Pode ser difícil acreditar que um recém-nascido ou uma criança de um ano tem um trauma por sonhar com algo assustador. Difícil de acreditar porque Hipnos nunca permitiu isso. Imaginar uma criança passeando em seu próprio mundo quando cruza com a de uma perturbada mente criminosa é impossível para Hipnos, ultrajante e muitas outras coisa.
Os milhares de quartos de seu castelo servem para eles sonharem a vontade com o que quiserem, sem interferência exterior. É nesse momento íntimo que muitos adquirem aptidões, dons, confiança, aprendizado, criatividade e a alta-descoberta. 
Quando prontos, infelizmente, os pequenos devem esquecer dessas memorias, pois no castelo de Hipnos mesmo que livres, os sonhos já são pré-estabelecidos para que cada um faça suas escolhas a cada passo. Resumindo: no verdadeiro mundo dos sonhos, quem deve criar a grama, cuidar, plantar e colher é a própria criança, mas para isso ela precisa saber como, por isso Hipnos é o primeiro contato dos pequenos com o mundo dos sonhos.
Hipnos então solta a mão da criança no raso rio Lete. A criança atravessa a base de tropeços e ás vezes ao choro por não entenderam esse estranho último "sonho de gestação". Quando chegam do outro lado eles encontram o branco do vazio e acordam.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Lista de Deuses

Caos: O primórdios dos primórdios, a personificação de todos os elementos e o manto do universo. Sua força quebra as barreiras dos mundos, presenteando tanto o mundo real como o dos sonhos com as milhares de estrelas que abrilhantam os céus. Toda como qualquer lenda surgiram através de entender esses mundos. Como no mundo dos sonhos a interação com a criatividade era maior e a chance naqueles tempos de conseguir encontrar um deus também, os filósofos conseguiam explicar o modo do mundo agir e andar com as histórias extraídas dos deuses. Caos foi o único que nunca teve registros de interação, mas a relatos de sonhadores terem visto seu sorriso quando olhavam para o universo em seus sonhos.

Érebo: Deus da escuridão do mundo em terra, o dificultor dos primeiros sonhos. Não há relatos, mas Érebo era o responsável pela limitação dos primeiros homens de progredir, pois seus sonhos eram vazios ao fecharem os olhos. Cansados eles buscavam na força de vontade saciar sua fome de pensamentos sonhando acordado, a capacidade que ainda hoje é difícil de ser conquistada. Érebo com raiva de seu império começar a entrar em ruínas, buscou em sua esposa os seus súditos. Não se sabe ao certo, mas tanto Érebo quanto Nix morreram pela arrogância de juntar dois mundos tão distintos, a escuridão da terra e do céu.

Nix: Deusa da primeira noite existente, sem estrelas e sem lua. Ascensão de uns e declínio de outros, mesmo que pouco racionais naquela época, eles sabiam diferenciar um sonho vazio e ficar o maior tempo possível acordado imaginando ao olhar a escuridão da noite. Foi uma das razões da loucura de Érebo e morte de ambos.

Nova-Nix: Com a extinção da noite, alguém tinha que tomar posse, então Caos concedeu Nova-Nix para sustentar ao fardo que para ele ficou quando sua filha morreu. Nova-Nix tinha as estrelas ao seu favor, mas não era suficiente para sustentar a imaginação e admiração que os primeiros homens tiveram pela primeira deusa da noite. Com a ajuda de outros deuses ela conseguiu criar a lua, que com a ajuda mais que poderosa de seu pai, também transcendeu para ambos os mundos. Como a criança Nova-Nix não tinha noção dos mundos, as questões sem resposta até hoje são: em qual mundo foi criado a lua e qual mundo os homens aprenderam a admirar a noite?

Hipnos: Deus não oficial do sono e dos sonhos e deus protetor da transição das crianças para o mundo dos sonhos. Sempre cansado, meio corcunda e acordando sempre anda de olhos fechados. Um deus que tem muitas histórias para nos contar. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Um Ensolarado Dia no Mundo dos Sonhos

Não é por acaso que a noite é o maior simbolo dos sonhos, junto com sua cúmplice, a Lua.
No mundo dos sonhos o que predomina é a eterna e magnifica noite.
Então por que sonhamos ás vezes com um belo dia de sol?
Existem apenas duas razões:
1º Você está dormindo durante o dia.
Esse portão nos permite desfrutar dos limites desse mundo. A renovação do corpo e alma é maior. Quando o gigantesco Sol da Tarde ilumina nossos sonhos é porque estamos nos limites do fim do fundo, perto de uma grande cascata para o além. Diferente do que muitos pensam o mundo dos sonhos é linear, sendo possível apenas chegar nesses limites quando sonhamos durante o dia, longe da luz predominante da Lua. Isso não significa que esse lado do mundo seja melhor, apenas diferente como qualquer outro limite de alegria e terror que percorre esse mundo. Para completar, também diferente do que muitos pensam não existe uma ponte entre o fim do mundo e o sol, se cair nesse abismo é mais um sonho que morre. Mas não é nesse abismo que a Carava despeja seus sonhos. Isso vai além da compreensão.
2º Você está sonhando pequeno ou com o desejo que isso acabe logo
Quando noite o sonho não nos permite ir ao limite do mundo. Ele fica ali, preso nas ruas estreitas ou campos abertos da liberdade de imaginar. Entretanto, quando uma luz forte começa iluminar o céu é porque você está sendo observado pelo Maquetista.
O Maquetista nada mais é que um senhor de jaleco cinza, meio careca com um óculos de aviador com lupa embutido.
Cada maquete cuidadosamente detalhada representa milhares de lugares do mundo, espalhadas por sua mansão. Não se deixe enganar. Quando sonhamos com mansões não significa que em uma delas é o seu lar. A porta da sua casa é pequena é pode estar em qualquer rua estreitinha desse maravilhoso mundo.
A luz que abrilhanta esses sonhos são lampadas penduradas em um abajur para cada maquete espalhada pelo casarão, podendo ser também considerado o "Sol do Fim do Mundo". Entrar nessas maquetes é o efeito de sonhar pequeno e do desejo cumprimento de uma necessidade da natureza, o sono.
O velho homem senta na sua cadeira de madeira e observa as pessoas que invadem suas maquetes. Ele se diverte e sempre acrescenta alguns detalhes que quando acordamos acreditamos que tudo foi real. Querendo ou não, em termos, tudo foi real.

Sonhar pequeno não é o fim do mundo. Cada pessoa tem seu próprio tempo para se descobrir e encontrar as verdadeiras razões de viver, viver fora de um mundo de sonhos.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Misticismo da Lua e a Admiração do Solitário

O que seria um sonho? Uma imaginação inconsciente, uma miragem entre emoção e razão. Poderíamos dizer ao certo que se trata de um outro mundo paralelo ao nosso. "O mundo é feito através de sonhos", verdade! É nesse mundo que a inibição desaparece e a criatividade é acrescida.
Podemos entrar nesse mundo por diversos portões além do sono.
A Lua... olha só, esquecemos da lua. Respire fundo. Tudo em seu tempo.

Deuses. Claro que eles entrariam nessa história. Quem foi o primeiro a entrar nesse mundo de sonhos? Quando se trata de criacionismo tudo fica enevoado através de perguntas, questionamentos para "escrever bonito".
Estamos falado do grande nada e inexplorado universo, o deus reconhecido como grego Caos, transmutação dos elementos. Sua filha Nix era responsável pela escuridão da noite. Já seu marido era Érebo era a escuridão da terra e do submundo. Guerras e mais guerras... pulamos consideravelmente essa parte. Conclusão: Érebo aprisionou Nix dentro de si e destruiu a noite. Então seria dia durante todos os momentos? Não. Nix era um manto, que quando destruído Caos surgiu com suas milhares de estrelas.
Mais um salto no tempo... Quando percebeu a admiração dos homens pelas estrelas que nas noites destruídas por Érebo, Caos concedeu um jovem e linda filha, a Nova-Nix, deusa das noites estreladas.

Porém as estrelas não eram suficientes para a admiração dos homens, a inspiração de seguir em frente. Com muito esforço e ajuda de outros deuses surgi a imponente lua na sua mais atraente forma, a Lua Cheia.
Desde então a lua faz parte de nossos sonhos. Sua luz expandia a imaginação, criatividade, força de vontade e muitos outros sentimentos durante as nossas visitas ao mundo paralelo dos sonhos.

Já nosso amigo Solitário não é um deus, uma miragem (até que provem o contrário), sim um simples homem de cetro vestido de sobretudo negro, sempre complementadas de camisas de cores fortes e um sorriso cínico. Temperamento calmo, sempre mentiroso, frio, as vezes gentil ou agressivo. Tudo de arrogante ele tem, mas nunca deixou esses defeitos prejudicarem alguém.

Não se sabe ao certo que é ele, mas no mundo dos sonhos ele pode ser visto vagando na lua crescente e na magnifica lua cheia. Em lua nova ele desce nesse mundo de fantasias e interagi com os sonhadores e seus sonhos. A certeza que se tem sobre ele são suas frases sem sentidos que acabam sempre libertando o sonhador que as ouvi, tornando aqueles poucos minutos nesse mundo decisivos e únicos.

Sua admiração pela lua sempre foi por causa da  força que ela carrega, imponência e poder de inspiração.
Se o Solitário pretende personificar o papel da lua é um mistério. Um mistério para ser desvendado.